1、 Matos Cardoso: No se justificam preos to altos11-11-2011 | Fonte: A CapitalMatos Cardoso, Presidente do Conselho de Administrao da Feira Internacional de Luanda (FIL) considera haver uma especulao no preo de materiais, usados na construo, em nada at all compatvel compatible com os esforos effort do
2、 Executivo no sentido towards de torn render, return -los mais baratos. Matos Cardoso, que falava margem da “Projekta by Constri Angola 2001” vulgarmente usually conhecida como feira fair,market de construo recomendou recommend uma maior fiscalizao supervision das autoridades, para que o cidado comu
3、m no fique refm hostage dos apetites desses “cartis” de importadores que se vo formando. O PCA da FIL defendeu, mais uma vez, a diversificao da economia como condio primordial. Que balano faz da feira de construo, ainda agora terminada? Penso que, a Feira foi bastante enough,quite positiva, at porqu
4、e os objectivos traados, trace em termos de exposio e mesmo no que concerne abordagem approach das questes ligadas ao sector, nas suas mais variadas vertentes, foram analisados nas conferncias realizadas e, felizmente, foram alcanados. Alcanar=achieve A julgar judge pelas concluses, a Feira permitiu
5、 analisar uma srie de questes ligadas ao sector, visualizar algumas solues, para alm apart from do facto de, enquanto a mostragem, pode apresentar aquilo que j se produz no nosso territrio. Tal como such as se pode constatar find que, muitos materiais ainda so importados. Assim se pode determinar as
6、 reais necessidades do momento, para que se possa, ento, criar condies para atender answer, attend a demanda, em termos de obras pblicas de infra-estruturas (rodovirias, ferrovirias, areas). Enfim, ultimately a construo de casas que nos ltimos tempos domina a ateno da opinio pblica. O balano positiv
7、o da feira, conforme o estimou, no se prende s gesto management da empresa. Em que medida measure o mercado nacional obteve vantagens, com a organizao deste certame event, virado para o mundo da construo? Para ns, enquanto empresa organizadora de eventos de exposio e de natureza nature econmica, o o
8、bjectivo, para alm da obteno de resultados econmicos para a empresa, , sobretudo, prestar render,prefer um servio sociedade, no que concerne apresentao de solues e possibilidades disponveis no mercado. Penso que, o sector da construo e obras pblicas, no momento, vive um pouco em funo according to do
9、 desenvolvimento da economia mundial. Ou seja, os recursos so, obviamente, cada vez mais escassos scarce, apesar de despite assistirmos a um esforo enorme do Executivo, em alocar verbas para a concluso de muitos projectos que estavam em curso antes da crise. Tambm vislumbramos vislumbrar = glimpse u
10、m certo dinamismo dynamism ao nvel da promoo da indstria nacional de materiais de construo. Penso que, neste sentido in this sense, o sector da indstria tem feito um trabalho de promoo assinalvel remarkable, mas, apesar de todo esse esforo, verificamos que o mercado ainda carente lacking. Tudo isso
11、impe uma cultura de preos, inadequada realidade e ao esforo que o Executivo tem vindo vir a fazer. Por aquilo que a feira mostrou pode-se identificar onde esto, com efeito, indeed as maiores carncias lack no mercado? De forma geral, generally as nossas maiores carncias prendem-se com o investimento.
12、 Necessitamos de investimento de forma expressiva em todos os sectores da economia, sobretudo num sector como o da construo que, no meu ponto de vista, in my point of view o carro chefe do processo de desenvolvimento, sem ter em conta, without regard claro, o sector petrolfero. Por outras palavras,
13、In other words fora o sector petrolfero, o carro chefe , portanto so ,therefore, o sector da construo e obras pblicas. So visveis,visable por isso, as dificuldades que se vo vivendo em funo da prpria dinmica da economia global. Sabe que, a nossa principal fonte source de receitas revenue o petrleo,
14、cujo preo tem oscilado muito desde que se deu a crise econmica mundial. Isto tem afectado sobremaneira greatly o desempenho performance do sector da construo, provocando grande carncia de produtos nacionais a bom preo. Que subsdios subsidy foram colhidos, nos debates durante a feira, sobre esse cont
15、raste em que um pas que dispe de muita matria-prima registe uma carncia gritante de materiais de construo? Uma das importantes concluses extradas foi a de que, necessitamos de muito mais investimento estrangeiro, um investimento que traga swallow consigo capital financeiro, know how, capital humano
16、que permita desenvolver projectos de grande dimenso e economicamente sustentveis. Temos recursos minerais ou naturais, mas para que se transformem em riqueza, wealth esses tm que ser explorados e transformados no nosso territrio. No temos muitas sadas,output no que concerne concernir ao desenvolvime
17、nto econmico de Angola, seno but atrairmos attract investidores internacionais, capazes able de financiar o nosso processo de desenvolvimento. No ser possvel, no meu ponto de vista, fazermos crescer,grow,increase desenvolver Angola ao ponto de todos, ou quase todos os angolanos terem have um bom nve
18、l de vida, se esperarmos apenas pelas receitas provenientes from do sector petrolfero. Acredito aceditar=believe que, tal como necessitamos de explorar os recursos minerais existentes para a produo de materiais de construo, precisamos tambm de explorar outros recursos, quer agrrios, piscatrios ou mi
19、nerais. Para tudo isso necessrio atrair investimento. Na verdade, indeed o segredo secret do sucesso, neste momento, ou seja, talvez j o devssemos ter feito com maior acutilncia, atrair o investimento de qualidade, nos pases detentores de tecnologia capaz de implementar em Angola e, rapidamente, ini
20、ciarmos a explorao e produo local de materiais de construo, bem como as well as de outros produtos de que necessitamos. Basicamente, necessitamos de entrar para o concorridoconcorrer=compete competitive mercado internacional de atraco de investimentos. E os passos step que se tm dado nesse sentido,
21、pelo Executivo, lhe parecem parecer=seem satisfatrios? A nova Lei do investimento privado , por si, um elemento atractor do dito investimento estrangeiro de qualidade? Todas as leis visam aim at a regulamentao regulation de uma actividade ou de um sector. Mas existem leis, como esta nova Lei do Inve
22、stimento Privado, que contm conter =contain na sua essncia elementos de incentivo muito importantes. So elementos substanciais, que fazem com que o investidor estrangeiro possa ter vantagens comparativas a outros mercados, onde eventualmente possa ter os mesmos recursos por explorar. Com uma lei com
23、o esta, ele conseguir, com certeza, visualizar maiores resultados em menos less,fewer tempo no nosso territrio. Bem, mas apenas uma lei. Precisamos, agora, de trabalhar sobre os elementos que contm essa lei, de trabalhar sobre uma estratgia de atraco de investimentos, de a pr em prtica e de no nos l
24、imitarmos a ter bons instrumentos em mos. Precisamos, portanto, de produzir. No caso vertente, precisamos de sair das nossas fronteiras para mercados que, neste momento, tenham capacidade para fazer investimentos. Como so os EUA, Japo, China, Brasil, Alemanha, ndia, frica do Sul e outros. Precisamos
25、 de participar em eventos internacionais para localizarmos locate,track, contactarmos investidores que, realmente, tenham a inteno de se instalar em Angola. Este um trabalho aturado thorough que, por vezes, sometimes exige require um face a face, com grandes multi-nacionais que s tm impacto com a in
26、terveno do chefe do Governo. necessrio criar condies burocrticas, para que estes investidores consigam aceder access ao nosso mercado sem grandes constrangimentos, constraint porque no basta enough ter uma boa lei. Temos que ter todos os mecanismos logsticos e administrativos a funcionarem no mesmo
27、sentido, o da facilitao do processo de investimento. Se assim procedermos; if doing so se o fizermos com acutilncia, com o empenho effort necessrio para atrair o nmero de investimentos de que o nosso mercado necessita, ento, num horizonte temporal de cinco anos, podemos chegar a uma situao de produo
28、 nacional, muito superior a que nos encontramos no momento. preciso accurate que, as autoridades que lidam lidar=deal com o processo de atraco de investimento, delineiem uma estratgia que deve ter a interveno de muitas entidades. Todavia however com uma coordenao que deve ter a viso view, a perspect
29、iva de aonde pretendemos pretender =want, intend chegar. Deve-se identificar os parceiros partner ideais. Precisa-se, sobretudo, de uma base de dados sobre as necessidades reais, de cada um dos sectores produtivos, a nvel nacional, dos programas dos ministrios produtivos e, com base nisso, fazer a s
30、ua divulgao, disclosure a mobilizao a nvel internacional, para que possamos obter resultados. Ser nesse esprito que se tm feitos os investimentos, hoje sentidos, de alguma forma, ao nvel da produo de cimento? Temos uma fbrica em produo permanente e outras em vias pathway de incio do processo de prod
31、uoAqui, penso que o Executivo fez um esforo assinalvel. No s no aumento da capacidade produtiva da Cimangola, como tambm esto duas ou trs fbricas factory em instalao, o que vai, naturalmente, aumentar substancialmente os nveis de produo e oferta ofertar=offer de cimento e atender a grande demanda do
32、 mercado. Acredito que, mesmo essas trs podero no ser suficientes para a demanda. Ora, now para quem s tinha uma fbrica e, ainda assim, nevertheless com nveis de produo muito aqum below das necessidades, com certeza que as duas ou trs fbricas em construo vo elevar, substancialmente, os nossos nveis
33、de produo e atender boa parte das necessidades do mercado. Aquilo que no for suficiente, como normalmente acontece, vamos ter que recorrer importao. Mas de assinalar,mark, point out que esse esforo precisa de ser acompanhado pelos outros subsectores. Portanto, therefore,so no que concerne a materiai
34、s de construo, temos necessidades neste sentido de aumentar a nossa oferta em termos de in terms of material cermico, que ainda uma fonte de dispndio outlay,cost de muitas divisas, foreign currency mas temos no nosso territrio todos os recursos minerais necessrios produo de material cermico de eleva
35、da high qualidade. Tambm precisamos de aumentar a nossa produo, em termos de material metlico para a construo, de modos a que o resultado disso possa, ento, permitir que o custo do produto final que , por exemplo, uma casa de baixa low renda income, no fique acima above dos 50 mil dlares, como assis
36、timos neste momento. Esta mensagem foi, por ns, exaustivamente difundida widespread , difundir = disseminate aquando when da Feira de Construo, porque, em nosso entendimento, understanding no um valor value, amount real, no quadro da estrutura de preos que se podem praticar em Angola. Mesmo acoplado
37、s os custos de importaes? Tendo em conta os custos de produo, quer do whatever que se faz em Angola, quer dos produtos importados, ainda que incorporados, portanto, o custo com o frete, no se justificam os preos praticados. Tal a necessidade de se reduzir estes preos, que o Executivo criou mecanismo
38、s legais para isentar exempt dos direitos aduaneiros customs os materiais de construo, no se limitando a este apoio, ainda isentou as mquinas e equipamentos. Ora, este esforo do Executivo tem de ter resposta concreta na operao. Neste caso, na venda de materiais de construo, na sua disponibilizao a p
39、reos concorrenciais, mais ou menos, ao nvel do que se pratica fora do pas. Por isso, achamos que deve haver maior fiscalizao, em termos dos preos de materiais de construo. Alis, moreover uma das concluses a que se chegou, fruto da crise econmica mundial, que no pode haver excessiva liberalizao do me
40、rcado, nem pode haver excessiva centralizao ou excessivo controlo do Estado sobre o mercado. O que se v, neste momento, uma especulao dos preos de materiais de construo. Como sabe as you know, a base, a essncia da crise econmica decorreu elapse da especulao do mercado imobilirio real estate norte-am
41、ericano. Ningum, hoje, no mundo est imune a uma situao de crise, e ns muito menos. Para alm de In addition to que, no actual estgio stage da nossa economia, precisamos de nos arregimentar recruit de normas e de instrumentos que salvaguardem safeguard o nosso mercado das influncias internacionais. Ma
42、is do que isso, More than that uma das concluses da crise econmica que a relao entre o sector privado e o Estado tem de ser de dilogo permanente, de estratgias conjuntas joint e de parcerias partnership. Temos agora uma lei para a parceria pblico, privado, mas precisamos de criar um ambiente de dilo
43、go permanente e sistemtico entre o sector privado e o Estado, de modos a que possamos melhor regulamentar as relaes, e possamos estabelecer juntos as metas goal e objectivos conjuntos. Mas tm que ser interlocutores privados srios, constitudos em associaes srias e no um grupo de desempregados que faz
44、em das associaes suas fontes de sustento. supportEsse regime aduaneiro especial no lhe parece uma faca knife de dois gumes edge: se, por um lado, on the one hand beneficia o esforo de reconstruo do pas, por outro lado on the other hand, acaba por eventually prejudicar os poucos produtores de materia
45、is de construo. Qual a soluo que se pode desenhar draw em funo according to disso? Na economia, como em qualquer rea da actividade, tem que se estabelecer prioridades. Nem sempre d para andar walk go com duas coisas ao mesmo tempo at the same time. Ento, entendo que a inteno do Executivo, neste mome
46、nto, em priorizar o equilbrio social, um nobre objectivo. Para garantirmos o equilbrio social, temos que atender s grandes necessidades do povo. Estas so, com certeza, a luz, a gua e a habitao. Ao tomar uma medida como esta, demonstra-se, claramente, a inteno do Executivo de ver supridas as principa
47、is necessidades bsicas do povo angolano, sobretudo da juventude. Ora, depois que este objectivo for conseguido, ento podemos mais facilmente atender a outras necessidades. A necessidade de industrializar Angola tambm nobre, porm but tem a particularidade de s se poder efectivar num ambiente de estab
48、ilidade social e um processo longo e complexo. Esta medida tem que ser devidamente duly, properly fiscalizada, para que no hajam grupos ou pessoas, que se aproveitem desta boa vontade do Executivo e queiram, naturalmente, obter o lucro profit fcil, fazer uma espcie de cartel, combinarem preos e, portanto, condicionar o mercado a adquirir purchase os preos que eles determinarem. Esta, sim, uma questo, que o Exec